Vacinação
deverá ser aplicada o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternidade, em recém-nascidos com
peso maior ou igual a 2.000 g. Em casos de histórico familiar, suspeita de imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso de
biológicos durante a gestação, a vacinação pode- rá ser postergada ou contraindicada (consulte os Calendários de vacinação
SBIm pacientes especiais). A revacinação com BCG não é recomendada mesmo para crianças que não desenvolveram cicatriz
vacinal, pela ausência de evidências de que a repetição traga benefı́cio adicional.
•Hepatite B:
a) Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida. b) O esquema de quatro doses pode ser adotado
quando éutilizada uma vacina combinada que inclua a vacina hepatite B, ou seja, a primeira dose ao nascer, com a vacina
isolada, e aos 2, 4 e 6 meses de idade com DTPw- -HB-Hib ou DTPa-HB-VIP-Hib. c) Se mãe HBsAg+, administrar vacina nas
primeiras 12 horas de vida e HBIG o mais precocemente possı́vel (até sete dias após o parto).
• Tríplice bacteriana:
o uso da vacina DTPa épreferı́vel ao da DTPw, pois os eventos adversos associados com sua
administração são menos frequenTes e intensos. O reforço dos 4 a 5 anos pode ser feito com dTpa, DTPa ou DTPw. O reforço
dos 9 a 10 anos de idade deve ser feito com a vacina trı́plice acelular do tipo adulto (dTpa).
• Hib:
recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, principalmente quando forem utilizadas, na série primária, vacinas Hib nas
combinações com DTPa.
• Poliomielite:
recomenda-se que, idealmente, todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar VOP em crianças hospitalizadas
e imunodeficientes.
• Vacina rotavírus monovalente:
duas doses, idealmente aos 2 e 4 me- ses de idade. Vacina rotavírus pentavalente: três
doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade. Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas
de vida e no máximo até3 meses e 15 dias, e a última dose até7 meses e 29 dias. O intervalo mı́nimo entre as doses éde 30
dias. Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. Não utilizar em crianças hospitalizadas.
Em caso de suspeita de imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacina pode
estar contraindicada e seu uso deve ser avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes
especiais).
• Pneumocócicas conjugadas:
a SBIm recomenda, a partir dos 2 me- ses de idade e sempre que possível, o uso
preferencial da VPC13, com o intuito de ampliar a proteção para os três sorotipos adicionais em relação à VPC10. No
entanto, quando isso não for possível, crianças menores de 6 anos com esquema completo ou incompleto de VPC10
podem se beneficiar com dose(s) adicional(is) de VPC13, respeitando-se a recomendaão de bula para cada idade de início e o intervalo mínimo de dois meses da dose anterior da VPC10. O PNI adotou, desde janeiro de 2016, o es-
quema de duas doses da VPC10 aos 2 e 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses. A SBIm mantém a recomendação de três doses quando utiliza- da a VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida com reforço entre 12 e 15 meses.
•Meningocócicas conjugadas ACWY/C:
sempre que possível, prefe- rir a vacina menACWY no primeiro ano de vida e reforços. No Brasil, quatro vacinas meningocócicas conjugadas estão licenciadas para crianças: menC, menACWY-CRM e menACWY-TT a partir de 2 meses de idade e menACWY-D a partir dos 9 meses de idade. Para todas elas são recomendados dois refor- ços: entre 5 e 6 e aos 11 anos de idade (ou cinco anos após a última dose), tendo em vista a queda dos títulos de anticorpos protetores. Não existem dados de estudos de intercambialidade entre as vacinas meningocócicas conjugadas. Crianças vacinadas com menC podem se beneficiar com o uso da vacina me- nACWY, a fim de ampliar a proteção, respeitando-se um intervalo mínimo de um mês da última menC.
• Meningocócica B:
crianças entre 3 e 11 meses devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas, idealmente aos 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1). Crianças de 12 a 23 meses devem receber duas doses com intervalo de 2 meses entre elas, também com uma dose de reforço. A partir dos 24 meses de idade: duas doses com intervalo mı́nimo de um mês entre elas e não estabelecida a necessidade de doses de reforço. Recomendar uma dose de reforço três anos após esquema para grupos de alto risco: pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, deficiência de complemento ou pessoas em uso de biológicos que interferem na via do complemento.
• Influenza:
é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. Quando administrada pela primeira vez em crianças menores de 9 anos, aplicar duas doses com intervalo de 30 dias. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
• Febre amarela:
Duas doses: aos 9 meses de vida e aos 4 anos de idade. Recomenda-se que crianças menores de
2 anos de idade não recebam as vacinas febre amarela e tríplice viral no mesmo dia. Nesses casos, e sempre que
possível, respeitar intervalo de 30 dias entre as doses. Contraindicada para imunodeprimidos, mas se o risco de
adquirir a doença superar os riscos po- tenciais da vacinação, o médico deve avaliar seu uso (consulte os Calendários
de vacinação SBIm pacientes especiais). Essa vacina pode ser exigida para maiores de 9 meses de vida para emissão do
CIVP, atendendo exigências sanitárias de alguns destinos internacionais. Neste caso, deve ser aplicada até dez dias
antes de viajar.
•Hepatite A:
para crianças a partir de 12 meses de idade não vacinadas para hepatite B no primeiro ano de vida, a vacina
combinada hepatites A e B na formulação adulto pode ser considerada para substituir a vacinação isolada (A ou B) com
esquema de duas doses (0 - 6 meses).
•Sarampo, caxumba e rubéola:
para crianças com esquema completo, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser considerada em situações de risco epidemiológico, como sur- tos de caxumba e/ou sarampo. Em situação de risco para o sarampo – por exemplo, surto ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada a partir de 6 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. Veja considerações sobre o uso da vacina quádrupla viral (SCRV) no item 15. O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais).
• Varicela:
é considerada adequadamente vacinada a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade. Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser
aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda
será necessária. Veja considerações sobre o uso da vacina quádrupla viral (SCRV) no item 15. O uso em
imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais).
•
Aos 12 meses, na mesma visita, aplicar a primeira dose da trı́plice viral e varicela em administrações separadas (SCR +
V) ou com a vacina quádrupla viral (SCRV). A segunda dose de trı́plice viral e varicela, preferencialmente com vacina
quádrupla viral, pode ser administrada a partir dos 15 meses de idade, mantendo intervalo de três meses da dose anterior
de SCR, V ou SCRV.
•HPV:
duas vacinas estão disponı́veis no Brasil: HPV4 e HPV2, licenciadas para ambos os sexos. Sempre que possı́vel,
preferir a HPV4 por ampliar a proteção. O esquema de vacinação para meninas e meninos menores de 15 anos éde duas
doses com intervalo de 6 meses (0 - 6 meses).
• Dengue:
recomendada para crianças soropositivas. Esquema de três doses com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 -
12 meses). Contraindicada para crianças soronegativas e imunodeprimidas.